Ah, Noruega! Terra dos vikings, terra do melhor IDH do mundo, terra dos waffles. O que mais esperar de lá?
Bem, se você for metaleiro, já sabe a resposta... Black metal! Daqueles sem dó nem piedade.
sem as pinturas do Kiss limpos na cena black metal.
Longe se ser só mais um grupo na multidão, o sexteto se destacou em trabalhos anteriores ao adicionar linhas vocais limpas e bem diversificadas, sem abrir mão dos tradicionais urros guturais.
Ao conferir essa característica melódica, a banda se torna amigável para os que não são tão fãs desses gêneros mais extremos, como o meu caso.
Entretanto, os ouvintes roots podem não gostar muito...
Bem, se você for metaleiro, já sabe a resposta... Black metal! Daqueles sem dó nem piedade.
NÃO SÃO MAIS UM NA MULTIDÃO
O Borknagar não nega suas origens, mas esses caras são muito mais do que rostinhosLonge se ser só mais um grupo na multidão, o sexteto se destacou em trabalhos anteriores ao adicionar linhas vocais limpas e bem diversificadas, sem abrir mão dos tradicionais urros guturais.
Ao conferir essa característica melódica, a banda se torna amigável para os que não são tão fãs desses gêneros mais extremos, como o meu caso.
Entretanto, os ouvintes roots podem não gostar muito...
“Se não tem corpse paint, é pop”, disse o tiozão troo. |
É MAIS UM NA MULTIDÃO
Acabei de falar que o grupo não é mais um na multidão, e agora vou me contradizer. Winter Thrice é mais um na multidão.Tô doidão? Cheirei capim? Estou com síndrome de Caetano Veloso?
Não, caro leitor.
O ponto é: Por mais elogiável que seja essa característica diferente do Borknagar, eles ficam muito presos a esse conceito. Winter Thrice é mais do mesmo na discografia dos noruegueses.
Ouça Urd, lançado em 2012, e compare-o com o álbum atual... É praticamente a mesma coisa. Winter Thrice não inova, não empolga, e não cativa.
GELO, GELADO, CONGELANTE
Ok, ok, ok... Estou pegando meio pesado. Não é um disco ruim. Eu apenas esperava muito mais. O choque de expectativa e realidade pode gerar uma reação desproporcional.Analisando friamente agora: Winter Thrice fala sobre o frio (pegou o trocadilho?). É uma temática que me agradou muito.
São abordados temas corriqueiros da natureza gélida norueguesa, como o poder do vento, das águas, e das avalanches.
Em resumo, é gelo para tudo que é lado.
Veja o clipe da faixa Winter Thrice aqui, ele é uma bela síntese do álbum. Se você não gostar da música, pelo menos valerá a pena ter observado as sensacionais imagens da natureza norueguesa.
“Para que assinar o Discovery Channel se você pode assistir o clipe do Borknagar de graça no Youtube?”
“Lá fora está frio demais, o que vamos fazer? – Cantar sobre como está frio lá fora.”. |
INTERFACES
Winter Thrice não encanta porque comete um pecado mortal. Falha nas interfaces e transições.Trabalhar com quatro vocalistas já é arriscado, quando se mistura o gutural e o melódico, a chance de dar ruim dispara (a chance de ser épico também).
É justamente nas transições de voz que alguns momentos ficam meio forçados, como se o vocalista mudasse porque todos tem que participar, e não porque a música pedia essa situação.
O outro erro, e dessa vez bem menos tolerável, é a interface entre os estilos. O conjunto mescla pitadas de black metal dentro de um álbum predominantemente metal progressivo. Só que o volume é praticamente o mesmo nos momentos de explosão e nos momentos de calmaria, não causando a emoção que deveria.
E a guerra dos volumes já nos ensinou isso... Se não há vales, não há picos.
Os bons momentos ficam por conta de Panorama (de longe a melhor) com seu refrão grudento, e Cold Runs the River com sua pegada bruta.
As demais faixas caminham em uma zona razoável, exceto pelas fracas When the Chaos Calls e Erodent.
UM TRABALHO MORNO
Não congela e não esquenta. Winter Thrice é um trabalho morno.É um disco difícil de digerir e um repeteco do que já fizeram em outras obras. Pouco agrega à discografia do Borknagar.
“Vines and trees, new species on cultivated grounds; planned sequences and astonishing leaps. Everything grows, everything dies.”
----------------------------------------
FICHA TÉCNICA:
Artista: Borknagar
Ano: 2016
Álbum: Winter Thrice
Gênero: Black Metal / Metal Progressivo
País: Noruega
Integrantes: Baard Kolstad (bateria), ICS Vortex (vocal e baixo), Jens F. Ryland (guitarra), Lars A. Nedland (vocal e teclado), Øystein Garnes Brun (vocal e guitarra), Vintersorg (vocal).
MÚSICAS:
1 - The Rhymes of the Mountain
2 - Winter Thrice
3 - Cold Runs the River
4 - Panorama
5 - When Chaos Calls
6 - Erodent
7 - Noctilucent
8 - Terminus
----------------------------------------
----------------------------------------
FICHA TÉCNICA:
Artista: Borknagar
Ano: 2016
Álbum: Winter Thrice
Gênero: Black Metal / Metal Progressivo
País: Noruega
Integrantes: Baard Kolstad (bateria), ICS Vortex (vocal e baixo), Jens F. Ryland (guitarra), Lars A. Nedland (vocal e teclado), Øystein Garnes Brun (vocal e guitarra), Vintersorg (vocal).
MÚSICAS:
1 - The Rhymes of the Mountain
2 - Winter Thrice
3 - Cold Runs the River
4 - Panorama
5 - When Chaos Calls
6 - Erodent
7 - Noctilucent
8 - Terminus
----------------------------------------
Li esta resenha somente hoje, conheço tanto Borknagar qto a banda solo de Wintersorg e fiquei pensando : Será que ouvimos o mesmo material ? Borknagar é muito mais que uma banda de Black Metal ou folk, vai além. Trabalhos semelhantes entre este é um anterior? Como assim ? Evidente que o seu estilo continua intacto, porém, as diferenças estão presentes em sua sonoridade, dinâmica e vozes, principalmente. Não vejo este registro como melhor ou abaixo a URD mas sim uma soma a sua intensa discografia. Um dos melhores lançamentos de 2016.
ResponderExcluir