In the Wee Small Hours - 1955
Nos anos 50 o nome de Frank Sinatra já era um velho conhecido do mundo da música. Só que velho até demais. Os seus "quinze minutos de fama" já tinham ficado no caminho dos anos 40 e Frank Sinatra era visto como um artista decadente e falido.
A salvação foi a assinatura de um modesto contrato com a gravadora Capitol, que apostava em artistas decadentes e no talentoso maestro Nelson Riddle para tentar reerguer suas carreiras. A parceria deu certo. In the Wee Small Hours foi um sucesso estrondoso e deu à Frank Sinatra o privilégio de ter um segundo auge em sua carreira.
Frank deu a ideia de fazer um disco explorando a temática da solidão, introspecção, problemas de relacionamento, amor perdido... A própria capa já começa mostrando o humor do trabalho. E, por isso, esse é considerado o primeiro álbum conceitual da história: Deixando de ser apenas um apanhado de singles, mas um trabalho pensado no todo.
Mesmo revolucionário, alguns problemas precisam ser apontados. Com um típico jazz standard que marcou sua carreira, em alguns momentos o disco é uma antítese do que o jazz deveria ser... É muito seguro, suave e repetitivo (talvez pelo exagero de canções). Apesar disso, há momentos fulminantes, como a clássica Mood Indigo (originalmente assinada por Duke Ellington nos anos 30), a faixa título, e a dolorida Glad to Be Unhappy.
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