Sarah Vaughan - 1955
Sarah já era vista como uma vocalista brilhante, mas em 1955 ela provavelmente atingiu o ápice musical da carreira.
Gravado no final de 54, mas só lançado em abril de 55, o álbum, que leva o seu nome, também conhecido erroneamente como Sarah Vaughan with Clifford Brown marcou uma parceria irretocável e, infelizmente, única.
O trompetista Clifford Brown preparou o terreno e abriu espaço para que Sarah pudesse justificar o porque de ser chamada de rainha do bepop. Com seu vocal denso, grave, sempre muito preciso e fraseado, a cantora brilha nos momentos mais agitados e nos mais melancólicos.
O maior hit está logo na abertura, com Lullaby of Birdland, um clássico escrito em 52 por George Shearing e George David Weiss, imortalizado na voz de Sarah Vaughan. Uma pena que nenhuma outra música do álbum consegue repetir esse nível, funcionando quase que como um anti-climax devido a quebra de expectativa.
Com ótimos momentos de bepop, o disco Sarah Vaughan escorrega pesado quando parte para um jazz mais standard, soando exageradamente meloso e quase preguiçoso. Uma falha que pode ser bem perdoável pelos bons momentos entregues.
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