O Stratovarius passou por problemas seríssimos em 2008. Muitos consideravam que a banda estava acabada (e de fato acabou por uns tempos). Mas apesar da tormenta, em 2009 eles ressurgiram. Nada muito pomposo.
Apesar da ressureição, o disco Polaris ficou muito aquém do esperado. Então, se em 2009 foi a ressureição, pode-se dizer que 2011 marcou a reabilitação dos finlandeses.
Apesar da ressureição, o disco Polaris ficou muito aquém do esperado. Então, se em 2009 foi a ressureição, pode-se dizer que 2011 marcou a reabilitação dos finlandeses.
EM BUSCA DE IDENTIDADE
O principal ponto é que muito da identidade da banda estava atrelada ao Timo Tolkki. Se desvencilhar de comparações e de características construídas por ele não é um desafio nada fácil. E Polaris azedou ainda mais a situação, por não conseguir empolgar nem o mais otimista dos fãs.“É como se o Iron Maiden perdesse o Bruce, e logo na sequência mandasse um disco como o The X Factor. Comparações e radicalismos iriam transbordar, e a banda não duraria mais dois álbuns... Vão dizer que estou errado?”
O bom é que de certa forma o Stratovarius conseguiu segurar as pontas e construir um álbum bem mais consistente. Uma reabilitação perante aos fanáticos admiradores do gênero.
Elysium está longe de conseguir chegar ao nível dos clássicos Episode, Visions e Destiny. É um power metal bem tradicional e burocrático. Nota-se claramente que a banda não quis correr riscos.
Todos (ou quase todos) os clichês do gênero estão presentes. Desde músicas repletas de punhetação na guitarra (Event Horizon) e baladas românticas (Move the Mountain), até músicas exageradamente longas (Elysium).
Não que esses três sons citados acima sejam ruins. Pelo contrário, exceto Event Horizon, estamos falando de boas músicas. Apenas deslizam um pouco nesses aspectos.
Já Event Horizon... É pura encheção de linguiça, escalas vomitadas e notas tão agudas que mesmo com Kotipelto pressionando fortemente sua bola esquerda, não conseguem ser alcançadas.
Enfim, essa abordagem conservadora é perfeitamente aceitável. A banda já não tinha mais muito espaço para deslizes, e por isso optou por seguir um caminho mais seguro. Ainda assim é um disco justo e honesto.
É CONSERVADOR E JUSTO
Mas calma! Não espere algo muito fantástico. Também não chega a tanto!Elysium está longe de conseguir chegar ao nível dos clássicos Episode, Visions e Destiny. É um power metal bem tradicional e burocrático. Nota-se claramente que a banda não quis correr riscos.
Todos (ou quase todos) os clichês do gênero estão presentes. Desde músicas repletas de punhetação na guitarra (Event Horizon) e baladas românticas (Move the Mountain), até músicas exageradamente longas (Elysium).
Não que esses três sons citados acima sejam ruins. Pelo contrário, exceto Event Horizon, estamos falando de boas músicas. Apenas deslizam um pouco nesses aspectos.
Já Event Horizon... É pura encheção de linguiça, escalas vomitadas e notas tão agudas que mesmo com Kotipelto pressionando fortemente sua bola esquerda, não conseguem ser alcançadas.
Enfim, essa abordagem conservadora é perfeitamente aceitável. A banda já não tinha mais muito espaço para deslizes, e por isso optou por seguir um caminho mais seguro. Ainda assim é um disco justo e honesto.
Para que arriscar uma cavadinha se a moral não é favorável? |
DESTAQUES E DETALHES
A música Elysium apresenta momentos sensacionais ao longo de seus dezoito minutos, mas alguns trechos são realmente entediantes e desnecessários. Seria bem mais efetivo uma faixa mais compacta, eliminando partes totalmente inúteis.É a velha (e estúpida) mania das bandas de power metal em tentar repetir uma The Keeper of the Seven Keys à cada lançamento.
Move the Mountain é outra que peca pela falta de moderação. A introdução é muito bonita e a música tinha tudo para ser uma balada perfeita para
Existem dois grandes momentos. O primeiro é em Fairness Justified, uma balada romântica (essa sem overdoses melosas) com Matias Kupiainen caprichando no solo de guitarra. O refrão cumpre o seu papel e é bem pegajoso.
Lifetime in a Moment é outro ponto alto. A introdução sacra puxa um riff poderosíssimo. A música possui diversos coros que dão um toque extra. Nos momentos em que canta só, Kotipelto exibe o melhor de seu vocal.
Também farei outras duas menções honrosas: A fácil Under Flaming Skies e a capa, uma das mais belas da discografia deles!
É MENOS E É MAIS
O álbum é menos do que eles são capazes de fazer, mas é mais do que o esperado! Quem sabe teremos o bom e velho Stratovarius de volta, sem as assombrações de Timo Tolkki?
“Crocodile tears from industrial giants; apologies counting for nothing. Graveyard obsessions and shallow confessions; the game never ends in a draw.”
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FICHA TÉCNICA:
Artista: Stratovarius
Ano: 2011
Álbum: Elysium
Gênero: Power Metal
País: Finlândia
Integrantes: Jens Johansson (teclado), Jörg Michael (bateria), Lauri Porra (baixo), Matias Kupiainen (guitarra), Timo Kotipelto (vocal).
MÚSICAS:
1 - Darkest Hours
2 - Under Flaming Skies
3 - Infernal Maze
4 - Fairness Justified
5 - The Game Never Ends
6 - Lifetime in a Moment
7 - Move the Mountain
8 - Event Horizon
9 - Elysium
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FICHA TÉCNICA:
Artista: Stratovarius
Ano: 2011
Álbum: Elysium
Gênero: Power Metal
País: Finlândia
Integrantes: Jens Johansson (teclado), Jörg Michael (bateria), Lauri Porra (baixo), Matias Kupiainen (guitarra), Timo Kotipelto (vocal).
MÚSICAS:
1 - Darkest Hours
2 - Under Flaming Skies
3 - Infernal Maze
4 - Fairness Justified
5 - The Game Never Ends
6 - Lifetime in a Moment
7 - Move the Mountain
8 - Event Horizon
9 - Elysium
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