Kreator - Gods of Violence (2017): Sem grandes impactos.


A cena thrash metal alemã é incrivelmente forte, contando com bandas como Exumer, Tankard, e o famoso big three: Kreator, Sodom e Destruction.
Talvez só não tenham força para bater o big four five americano, mas isso está longe de ser algum demérito.

UM VELHO CONHECIDO

O Kreator é um velho conhecido, e provavelmente dispensa maiores apresentações aos ávidos leitores do blog. Com uma formação estável desde 2001, o quarteto parte para o 14° álbum e mais de 30 anos na ativa.
Em outras palavras: Se você nunca ouviu Kreator, feche essa página e vá fazer alguma coisa de útil da sua vida... Como, por exemplo, ouvir Coma of Souls (1990).

Quando já se produziu muito, fica difícil trazer novidades e renovações, e... Vamos ser honestos: Gods of Violence é um mais do mesmo bem feito.

Letras sobre guerras, geopolítica e problemas sociais ditam o álbum. Essa é uma abordagem clássica na história do Kreator.
Instrumentalmente o som não é aquele thrash metal raiz que consagrou os caras, e sim uma parada mais melódica.
“Não espere encontrar aquele thrash metal truezão raíz. O som é mais nutellizado, de certa forma mais comercial e acessível. Se isso é bom ou ruim, deixo a decisão a seu critério. É a marca registrada de Jens Bogren.”

A PRODUÇÃO

Jens Bogren é o nome da fera, como já diria Fausto Silva.
O produtor sueco que assina Gods of Violence tem essa característica de melodizar seus trabalhos... Foi assim com Machine Messiah (Sepultura, 2017), Affinity (Haken, 2016), Legacy (Myrath, 2016), Under the Red Cloud (Amorphis, 2015) e Secret Garden (Angra, 2014).


PONTOS RELEVANTES

Alguns pontos relevantes merecem citação. O primeiro é a abertura com Apocalypticon, composta por dois membros da banda italiana Fleshgod Apocalypse. Uma abertura bem sem sal, e que me faz questionar por que cazzo precisou de dois italianos para fazer um negócio tão sem graça. Seria melhor o próprio Kreator ter assumido essa responsa.

Satan Is Real é legal, e tem um clipe muito bem produzido pela Nuclear Blast. Recomendo dar uma conferida. Army of Storms e Hail to the Hordes também me agradaram bastante.

Totalitarian Terror aborda a luta contra movimentos totalitaristas e outros movimentos políticos radicais, Fallen Brother é uma homenagem a algumas lendas do rock e metal que já se foram, e Side by Side fala sobre fazer a coisa certa, ignorando o julgamento das multidões...

SEM A FORÇA DE OUTROS TEMPOS

Apesar de ter um conteúdo mediamente bom, o Kreator não consegue produzir o mesmo impacto e força de outros tempos.
Natural isso acontecer, mas confesso que para uma banda que não lançava nada desde 2012, eu esperava que esse hiato tivesse servido para refrescar as ideias e trazer algumas inovações.

Gods of Violence é bom, só que ainda assim fica devendo.

Stronger than hate; stronger than fear, stronger than all. We are one; hail to the hordes.

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FICHA TÉCNICA:
Artista: Kreator
Ano: 2017
Álbum: Gods of Violence
Gênero: Thrash Metal
País: Alemanha
Integrantes: Christian Giesler (baixo), Mille Petrozza (vocal e guitarra), Sami Yli-Sirniö (guitarra), Ventor (bateria).

MÚSICAS:
1 - Apocalypticon
2 - World War Now
3 - Satan Is Real
4 - Totalitarian Terror
5 - Gods of Violence
6 - Army of Storms
7 - Hail to the Hordes
8 - Lion with Eagle Wings
9 - Fallen Brother
10 - Side by Side
11 - Death Becomes My Light



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Sobre o Unknown

Depois de anos de estudo e dedicação à engenharia, percebi que era tudo um grande pé no saco. Joguei as coisas pro ar e fui para a ilha de Balboa (pode procurar no Google, ela existe!). Agora fico deitado na rede e ouço rock o dia todo.

3 comentários :

  1. O Thrash Metal, como um todo, parece ter chegado em um lugar mais-do-mesmo. O que me intriga é que o público não parece ter percebido (ou então, não ligou). Muito se comenta sobre a estagnação do Power Metal (há anos, diga-se) ou até mesmo do Black Metal (e que resultou em uma certa renovação).. mas do Thrash mesmo, nem um pio. Seja como for, confesso que não escuto Kreator há tempos.

    Só uma coisa: se esse Overkill citado for quem estou pensando, eles não são da Alemanha e sim de New Jersey.

    Abraço

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    Respostas
    1. Coloquei o Overkill ali para ver se teria alguém atento!!!

      Hahahaha, errei mesmo - tem razão, eles são norte-americanos, alemão é o meu Alzheimer!
      Vou corrigir o texto... Valeu.

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    2. Hehehehe

      Eu até joguei no google "Overkill german band thrash metal" pra ver se existia uma banda alemã com esse nome kkk

      Abraço

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