E o Graveyard finalmente partiu para o quarto disco! Depois do ótimo Lights Out, lançado em 2012, os suecos focaram em turnês pelo mundo, e isso significou cerca de três anos sem material novo.
O baixista e cofundador do Graveyard, Rikard Edlund, teve alguns problemas com exageros químicos e decidiu se internar em uma clínica de reabilitação.
Após um tempo fora dos palcos ele voltou a se apresentar com a banda, até que em outubro de 2014 as coisas não rolaram muito bem e ele foi afastado definitivamente.
Não foram divulgados maiores detalhes ao público, até porque o Graveyard não tem a característica de ficar jogando merda no ventilador, como muitas outras bandas fazem para aparecer na mídia.
Reza a lenda que a separação foi amigável, apesar de boatos afirmarem que ele voltou a andar na linha tênue entre exageros e prazeres.
Bem, deixando de lado o momento fofoca, ao melhor estilo TV Fama, vamos falar de música. E nesse ponto a saída de Rikard foi uma grande perda.
Além de mandar bem nas quatro cordas, ele era um dos compositores do grupo. E sua habilidade sempre foi reconhecida pelo Graveyard, sendo costumeiramente referido por eles como o mestre dos riffs.
O escolhido para seu lugar foi Truls Mörck, que assim como Rikard, fundou o Graveyard. Entretanto Truls tinha saído da banda antes mesmo de eles gravarem o primeiro disco.
Bem, temos um novo membro que não é tão novo assim. Apesar disso, uma incógnita. O que esperar dele?
UM JÁ CONHECIDO NOVO INTEGRANTE
O grupo passou por uma fase meio conturbada no ano de 2013. E isso talvez possa explicar esse hiato entre o Lights Out e agora, com o novo Innocence & Decadence.O baixista e cofundador do Graveyard, Rikard Edlund, teve alguns problemas com exageros químicos e decidiu se internar em uma clínica de reabilitação.
Após um tempo fora dos palcos ele voltou a se apresentar com a banda, até que em outubro de 2014 as coisas não rolaram muito bem e ele foi afastado definitivamente.
Não foram divulgados maiores detalhes ao público, até porque o Graveyard não tem a característica de ficar jogando merda no ventilador, como muitas outras bandas fazem para aparecer na mídia.
Reza a lenda que a separação foi amigável, apesar de boatos afirmarem que ele voltou a andar na linha tênue entre exageros e prazeres.
Bem, deixando de lado o momento fofoca, ao melhor estilo TV Fama, vamos falar de música. E nesse ponto a saída de Rikard foi uma grande perda.
Além de mandar bem nas quatro cordas, ele era um dos compositores do grupo. E sua habilidade sempre foi reconhecida pelo Graveyard, sendo costumeiramente referido por eles como o mestre dos riffs.
O escolhido para seu lugar foi Truls Mörck, que assim como Rikard, fundou o Graveyard. Entretanto Truls tinha saído da banda antes mesmo de eles gravarem o primeiro disco.
Bem, temos um novo membro que não é tão novo assim. Apesar disso, uma incógnita. O que esperar dele?
Truls Mörck em: A volta dos que não foram. |
FALANDO EM EXPECTATIVAS
Se não sabemos o que esperar do novo baixista, já sabemos muito bem o que devemos esperar do Graveyard.Os três discos anteriores criaram uma identidade muito bem definida para a banda: Rock em uma pegada clássica, aliado a uma qualidade impressionante.
Ao mesmo tempo em que essa identidade e reconhecimento de qualidade soam positivos, há uma responsabilidade e peso maior no lançamento de novos discos.
Quando você não espera nada de algo ou alguém, o que vier é lucro. Já quando as expectativas são altas, a chance de frustração passa a existir, e mesmo um trabalho razoável pode transmitir um sentimento de decepção.
“Quando vou almoçar em um boteco, saciar a fome já basta. Quando vou à um bom restaurante, quero muito mais do que isso. O Graveyard é como o restaurante. Não quero apenas saciar minha fome. Deles, eu espero muito mais do que isso.”
MAIS SÓBRIOS
A primeira percepção ao iniciar as audições de Innocence & Decadence, é o fato de ele soar muito mais sóbrio do que seu antecessor, Lights Out.Reflexo da saída de Rikard? Amadurecimento? Nova proposta? Sei lá.
Eles deixam o blues um pouco mais de lado (sem abandoná-lo completamente) e se aproximam de um rock mais cru. O resultado final é menos arrasto e rasgos, mais objetividade e linhas retas.
A abertura, com Magnetic Shunk, é o exemplo dessa pegada. A letra também mostra uma nova faceta, mais explícita e sem indiretas. É como se eles tivessem achado alguma composição antiga do AC/DC... “Não precisa ser gentil, querida, eu prefiro do jeito sujo/ Me trate como seu eu fosse o crime, e você, a lei”. Vai dizer que não dá pra imaginar Bon Scott cantando esses versos?
O Graveyard tem seu momento AC/DC. |
A sequência continua boa com o hardão de The Apple & the Tree (clique aqui para ver o clipe) e o blues balada Exit 97, essa última, lembra mais o que foi feito em Lights Out.
Mas os dois destaques ficam por conta da quinta e sexta faixa, Can’t Walk Out e Too Much Is Not Enough.
Em Can’t Walk Out o vocalista Joakim brinca com repetições de palavras, acompanhado de uma levada dançante e suaves doses psicodélicas.
Já Too Much Is Not Enough parte para aquela blueseira típica do Graveyard. Você pode conferir aqui o clipe dessa música.
O resto soa como repeteco do que já foi feito. A banda resolve ficar na zona de conforto até o álbum terminar.
Exceção para Stay for a Song, que parece ser uma saideira em grande estilo. O vocal de Joakim é bastante destacado enquanto ele fala de seu lado solitário, mesmo quando está cantando para grandes multidões (“Nos palcos, quando eu encaro multidões/ Por dentro ainda me sinto sozinho/ Mas eu sei que sou um cantor decente/ E na maioria dos dias posso me manter afinado”).
O problema é que a música acaba efetivamente aos dois minutos de meio, e depois são mais dois minutos de pura enrolação, que não agrega absolutamente nada. Lembrou-me o que o King Crimson fez em Moonchild... Ou seja, cagaram no pau.
Esse não é um álbum que eu mostraria para algum amigo que quisesse conhecer a banda. Certamente eu indicaria outro.
Agora, para os fãs dos suecos, fiquem tranquilos. Innocence & Decadence não é o melhor do Graveyard, mas também está longe de ser descartável. Ainda é o novo velho Graveyard.
Mas os dois destaques ficam por conta da quinta e sexta faixa, Can’t Walk Out e Too Much Is Not Enough.
Em Can’t Walk Out o vocalista Joakim brinca com repetições de palavras, acompanhado de uma levada dançante e suaves doses psicodélicas.
Já Too Much Is Not Enough parte para aquela blueseira típica do Graveyard. Você pode conferir aqui o clipe dessa música.
INOCÊNCIA E... DECADÊNCIA?
Depois disso sinto que Innocence & Decadence perde um pouco do rumo. From a Hole in the Wall tenta uma pegada nova, usando uns riffs derivados do metal, mas ela não consegue empolgar (apesar de chamar atenção).O resto soa como repeteco do que já foi feito. A banda resolve ficar na zona de conforto até o álbum terminar.
Exceção para Stay for a Song, que parece ser uma saideira em grande estilo. O vocal de Joakim é bastante destacado enquanto ele fala de seu lado solitário, mesmo quando está cantando para grandes multidões (“Nos palcos, quando eu encaro multidões/ Por dentro ainda me sinto sozinho/ Mas eu sei que sou um cantor decente/ E na maioria dos dias posso me manter afinado”).
O problema é que a música acaba efetivamente aos dois minutos de meio, e depois são mais dois minutos de pura enrolação, que não agrega absolutamente nada. Lembrou-me o que o King Crimson fez em Moonchild... Ou seja, cagaram no pau.
AINDA É GRAVEYARD
Innocence & Decadence ficou abaixo das expectativas, isso é inegável. Entretanto, isso não significa que se trata de um disco ruim, mas, conforme eu expliquei no começo do texto, quando falamos de Graveyard falamos de altas expectativas.Esse não é um álbum que eu mostraria para algum amigo que quisesse conhecer a banda. Certamente eu indicaria outro.
Agora, para os fãs dos suecos, fiquem tranquilos. Innocence & Decadence não é o melhor do Graveyard, mas também está longe de ser descartável. Ainda é o novo velho Graveyard.
“Someday you'll see the shades of grey; so baby please doesn't let your love, baby please doesn't let your love turn to hate.”
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FICHA TÉCNICA:
Artista: Graveyard
Ano: 2015
Álbum: Innocence & Decadence
Gênero: Hard Rock
País: Suécia
Integrantes: Axel Sjöberg (bateria), Joakim Nilsson (vocal e guitarra), Jonatan Ramm (guitarra), Truls Mörck (baixo).
MÚSICAS:
1 - Magnetic Shunk
2 - The Apple & the Tree
3 - Exit 97
4 - Never Theirs to Sell
5 - Can't Walk Out
6 - Too Much Is Not Enough
7 - From a Hole in the Wall
8 - Cause & Defect
9 - Hard-Headed
10 - Far Too Close
11 - Stay for a Song
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FICHA TÉCNICA:
Artista: Graveyard
Ano: 2015
Álbum: Innocence & Decadence
Gênero: Hard Rock
País: Suécia
Integrantes: Axel Sjöberg (bateria), Joakim Nilsson (vocal e guitarra), Jonatan Ramm (guitarra), Truls Mörck (baixo).
MÚSICAS:
1 - Magnetic Shunk
2 - The Apple & the Tree
3 - Exit 97
4 - Never Theirs to Sell
5 - Can't Walk Out
6 - Too Much Is Not Enough
7 - From a Hole in the Wall
8 - Cause & Defect
9 - Hard-Headed
10 - Far Too Close
11 - Stay for a Song
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